Livro: A graça da coisa
Autor: Martha Medeiros
Editora: L&Pm
Páginas: 216
Ano: 2013
Sinopse: Reverenciando a tradição da crônica brasileira, Martha Medeiros fala cara a cara com o leitor, mostrando que não estamos sozinhos nas nossas neuroses diárias. Esta coletânea de oitenta textos que abordam os temas mais caros à autora – o amor, o cinema, os relacionamentos, as relações familiares, entre muitos outros – traz, sem dúvida, alguns dos assuntos sobre os quais mais nos indagamos hoje em dia: um prato cheio para o autoconhecimento.
Autor: Martha Medeiros
Editora: L&Pm
Páginas: 216
Ano: 2013
Sinopse: Reverenciando a tradição da crônica brasileira, Martha Medeiros fala cara a cara com o leitor, mostrando que não estamos sozinhos nas nossas neuroses diárias. Esta coletânea de oitenta textos que abordam os temas mais caros à autora – o amor, o cinema, os relacionamentos, as relações familiares, entre muitos outros – traz, sem dúvida, alguns dos assuntos sobre os quais mais nos indagamos hoje em dia: um prato cheio para o autoconhecimento.
"Passar pela vida á toa é um desperdício imperdoável."Em "A graça da coisa", temos uma coletânea com mais de 50 crônicas escritas, entre 2011 e 2013, pela Martha Medeiro que abordam os mais variados temas mostrando a graça da coisa, ou melhor, a graça da vida.
"[...] Como você reagiria vendo alguém ser assaltado, foge ou ajuda? Como você se comporta diante de uma cantada de uma pessoa do mesmo sexo, respeita ou engrossa? O que você faria se soubesse que sua avó tem uma doença terminal, contaria a verdade ou a deixaria viver o resto dos dias sem essa perturbação? Qual sua reação diante da mão estendida de uma pessoa que você despreza, aperta por educação ou faz que não viu? Não são coisas que acontecem diariamente, e pela falta de de prática, você tem apenas uma ideia vaga de como se comportaria, mas saber mesmo, só na hora. E pode ser que se surpreenda: 'não parecia eu'." (pág.112)Acredito que para resenhar um livro de crônicas é necessário levar em conta, além do conteúdo das crônicas, a escrita do autor. Deixa eu explicar melhor, o conteúdo do que foi escrito é tão pessoal pra quem escreveu como pra quem vai ler.
"A vida é o que existe entre o nascimento e a morte. O que acontece no meio é o que importa." (pág. 47)
Dizer que me identifiquei com todas as crônicas seria mentira, mas foi por isso que alertei no começo da resenha que é preciso levar em conta como o autor escreve e, cara, Martha Medeiros escreve muito! Já era fã dela por causa dos textos que via no tumblr, depois de ler esse livro eu simplesmente me apaixonei.
"Falar sozinho é um ato de generosidade antes de tudo. Vá saber o estrago que causaríamos se falássemos pra valer, olho no olho, tudo aquilo que mantemos guardado, todo palavreado da raiva., do rancor e do desassossego que fica confinado dentro. Melhor soltar frases ao vento."(pág. 101)Confesso que não tenho muitos livros nacionais na minha estante, esse ano prometi que iria ler mais dessa literatura e começar com a Martha Medeiros foi melhor que começar com o pé direito!
"O livro é de quem lê mesmo quando foi retirado de uma biblioteca, mesmo que seja emprestado, mesmo que tenha sido encontrado num banco de praça. O livro é de quem tem acesso às suas páginas e através delas consegue imaginar os personagens, os cenários, a voz e o jeito com que se movimentam. São do leitor as sensações provocadas, a tristeza, a euforia, o medo, o espanto, tudo que é transmitido pelo autor, mas que reflete em quem lê de uma forma muito especial. É do leitor o prazer. É do leitor a identificação. É do leitor o aprendizado. É do leitor o livro." (pág.39)
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